Disciplina - Cinema

Cinema Paranaense - 4a. época

A QUARTA ÉPOCA 1992 - 2002

Em 1992 é criada a Associação de Cinema e Vídeo de Curitiba - AVEC. Após a recessão de produção com as medidas do ex-presidente Fernando Collor de Melo, o Paraná começa a produzir com as novas leis de incentivo. A Lei de Incentivo ao Audiovisual , a Lei Rouanet e a Lei Municipal de Incentivo à Cultural de Curitiba, todas de 1993, possibilitaram a retomada das produções no Estado.

Além dos incentivos fiscais, a mão de obra também começou a se profissionalizar com a criação de cursos livres de cinema, como a Academia de Artes Cinematográficas - Artcine (1998), O Núcleo de Cinema da PUC (1993), o Curso Especialização de Cinema da Universidade Tuiuti do Paraná (1996) e as oficinas de cinema do Festival de Cinema e Vídeo de Curitiba (1996). Também encontramos cursos no interior do Estado como em Londrina, Umuarama e Cascavel. (SANTOS, 2005)

Para Alvetti, a quarta época é caracterizada por realizadores que constroem “uma trajetória consistente, artisticamente, transitando entre o documental e o ficcional com igual inventividade” (ALVETTI, 2005:10). Ela cita como exemplo Luciano Coelho com O fim do ciúme (2001). O período é caracterizado por predominar produções de curtas-metragens, excetuando os filmes de ação que são feitos em Cascavel, no oeste do Paraná. (SANTOS, 2005).

Fernando Severo é o expoente que marca a passagem entre a quarta e quinta época do cinema curitibano, com Visionários (2002). Segundo Alvetti, este filme se caracteriza por “articular ao documental um experimentalismo”, influenciando uma nova geração de realizadores curitibanos.

Em 2001 surge o Sindicato da Indústria Audiovisual do Paraná - SIAPAR. Com o objetivo de lutar pelo desenvolvimento da indústria audiovisual paranaense, teve importante papel na aprovação da Lei de Audiovisual do Paraná de fevereiro de 2004. (SANTOS, 2005)


Fonte: ALVETTI, C. Cinema do Paraná - elementos para uma história. In: 3º Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho, 2005, Novo Hamburgo. GT de História da Mídia Audiovisual, 2005.

Recomendar esta página via e-mail: